sou a Simonete, aqui chamada de Nenete. Sou pediatra por paixão às crianças e suas genialidades. O coração infantil sempre me inspirou e me sensibilizou. Tenho uma paciência fora do comum com elas e, principalmente, uma facilidade para entrar no universo infantil e dialogar com ele. Aprendi a ouvir o que dizem as crianças, muito além das palavras – ouvir suas atitudes, seus choros e birras, seus desenhos e seus sonhos e, em especial, ouvir o que seus sintomas físicos podem querer nos dizer. São anos ouvindo-as, desde 1988, quando me formei em medicina e iniciei a especialização em pediatria.
Optei por cursar homeopatia após de um bom tempo trabalhando como alopata e me frustrando. Depois, senti que precisava também ampliar a leitura homeopática e fui aprender sobre o modo de pensar da medicina chinesa, o que muito me ajudou com sua sistematização e entendimento. Mas, precisava ainda compreender porque cada um elegia este ou aquele sintoma. Intuía que isto não era aleatório. Foi quando encontrei a LEITURA CORPORAL e suas informações extremamente úteis para trazer consciência aos processos do adoecer. Mas tudo isto ainda ficava pobre sem a aplicação da psicanálise. Freud e Lacan foram geniais nas suas pesquisas, e imprescindíveis para colaborar com a compreensão mais profunda e individualizada do sintoma.
Percorri um longo caminho, com muitas ajudas, além das citadas, para hoje ousar colocar o nome deste site de “LEITURAS SIMONETIANAS”. Somando todo aprendizado, tenho hoje uma leitura muito própria de cada caso e posso afirmar que ela ajuda muito o paciente e sua família a terem mais autonomia e participação em seus caminhos de cura, respeitando o sintoma e cuidando para que sua desconstrução seja feita com mu- dança de postura e não na linha “anti”, que “cala a boca” do sintoma com antibióticos, antialérgicos, anti-inflamatórios, antitérmicos…
Meu pesar hoje é com a exclusão do sujeito em nossa medicina tradicional, por isso, a escrita e transmissão das leituras simonetianas!
Espero realmente estar contribuindo a todos que se interessarem pelo tema. Meu interesse maior é mostrar como a criança pensa e como seu corpo se manifesta. Desejo que os adultos compreendam um pouco mais as angústias e os insights das crianças.
AFINAL, TUDO O QUE APRENDI pode se resumir numa frase: TEMOS MUITO O QUE APRENDER COM ELAS!
Novas publicações
Tempo para o luto
Dois irmãos, com febre. Ela me disse: Só perdas, vovô morreu. Morreu também, Violeta a calopsita. Sobrou Romeu, meu irmão me deu. Era dele. Disse depois: _ Não, não ligo tanto. Quem morre nasce de novo. Disse também que compraria outra calopsita para substituir a Violeta. Eu disse: – Agora
QUEM MORRE, VAI PRA ONDE?
Quero contar mais uma conversa sobre a morte, que tive com uma criança de 4 anos. Ela pediu para ir consultar porque estava tendo muito medo, principalmente de cachorro. Isto havia começado há pouco. Eu, desconfiada de que o medo de cachorro recobria outro medo maior, não facilmente dizível, como
BRINCANDO COM A MORTE
Numa off-sina, eu brincava com um garoto de 7 anos que pediu que eu fosse a morte e disse que iria me matar. Aceitei o desafio e ele começou a lutar comigo fortemente, me batendo com a espada. Curiosamente, era uma criança que não sabia se defender com os amigos e
ONDE SE ESCONDE O MEDO DA MORTE?
Como tenho observado, a morte é um tema para as crianças, principalmente após 4 anos de idade. Hoje atendi uma criança com 8 anos, queixando-se de dores de cabeça há mais de 3 semanas, que não aparece enquanto ela dorme, nem vem com outros sintomas adjacentes como catarro, febre, vômitos.
Dra. Simonete Torres Aguiar
Curandar
R. Teixeira de Freitas, 604. Santo Antônio. BH | MG.
(31) 3281.1354 | (31) 98848.1354